Usando roupas extravagantes e máscaras com caras de animais, mais comumente boi e onça, montados a cavalo ou mesmo a pé, os mascarados saem fazendo algazarras pelas ruas da cidade e dançando nas casas em que, para isso são convidados. Sua origem está ligada a Portugal, sendo uma manifestação religiosa e de alegria. Era uma maneira de espantar os espíritos do mal. Os mascarados são figuras de muita importância na festa, graças à sua beleza, evolução e o colorido de suas roupas.
Em Pirenópolis, existem atualmente três folias: a folia da Roça, que existe há mais de 140 anos e reúne maior número de foliões, inclusive de cidades próximas; a Folia da Rua, que existe há cerca de 50 anos e circula dentro do perímetro urbano; e a do Padre, que também percorre a zona rural do município - uma iniciativa mais recente da Igreja local contra os "excessos" das outras folias e a única que entrega os donativos à Igreja e não ao Imperador. A Folia do Padre é a primeira a sair. A Folia da Roça e a Folia da Cidade ocorrem simultaneamente.
As Folias possuem uma hierarquia bem definida: alferes, embaixadores, regentes, procuradores e salveiros, além dos foliões, normalmente uniformizados e portando as insígnias do Divino: pombinhas do Divino - ou "divinhos" - devidamente benzidos por um padre e presos com uma fita vermelha na camisa ou no chapéu.
Os alferes são os líderes organizadores das folias e conduzem os foliões pelos "giros".
Os músicos - ou embaixadores - são os "mestres litúrgicos das folias", que com verso e cantorias, indicam passo a passo as minuciosas etapas rituais que devem ser cumpridas pelos foliões em cada pouso.
Os regentes, por sua vez, são responsáveis pela ordem e disciplina do grupo.
Aos procuradores cabe recolher as esmolas durante o peditório realizado pelos embaixadores, todas as noites após o jantar.
Os salveiros, por sua vez, são responsáveis pelos fogos e tiros que anunciam os momentos e rituais mais importantes.
Festa que acontece desde o inicio do século XX, possui um caráter religioso muito forte, cujos devotos seguem em procissão, em louvor a Santíssima Trindade, da cidade até o Pico dos Pireneus, cerca de 24 km de Pirenópolis.
Frio e longa caminhada, que exige preparo físico, visão panorâmica do alto da capela, localizada no Pico dos Pireneus a 1385 metros acima do nível do mar.
Vale lembrar que este é único momento em que são permitidos acampamentos no local e durante a festividade a equipe de fiscalização promove o controle e monitoramento das ações como a criação de fogueiras, a proibição do som automotivo, emissão de poluentes e o uso de fogos de artifício e afins.
Com uma vista exuberante que inspira amores, paixões, poemas e canções a Festa do Morro dos Pireneus atrai públicos de todas as idades, principalmente, os mais jovem que aproveitam o as férias de Julho para acampar e curtir momentos de descontração com os amigos em meio à natureza.